quarta-feira, 30 de junho de 2010

Marte, uma ida sem volta.



A Tristeza chega. Nem bate a porta, apenas aloja-se em meu quarto, coloca as malas ao lado da cama e pergunta o que tem para o jantar. Sim, a tristeza talvez venha se tornando uma 'ini'amiga minha. Ela toma conta de tudo, quer mandar em mim, no que falo, penso, hajo, sinto... E minha única vontade é deixar ela tomar conta da casa e sair por aí, por um caminho que eu não queira mais voltar.
Aqui, apenas tenho compreensão das minhas lágrimas. Sempre que a tristeza chega tráz as lágrimas com ela. Bem... as únicas companhias que me entendem de verdade.
Sempre tento dialogar, acredite, me explicar, conversar, parecer uma pessoa gentil, mas nunca sou compreendida. Uma brincadeira, um olhar, uma entonação de voz, uma mensagem, uma carta, depoimento, recado, foto, um ação...Ninguém me entende, nem percebe que tenho sentimento. Será que é porque não sou daqui?
E agora, escrevendo, as lágrimas não caem dos meu olhos e tocam o chão sem nenhum barulho fazer. Elas caem do céu, de um lugar muito distante, talvez um lugar que as pessoas entendem quando estou triste e tentem fazer com que eu fique feliz. As lágrimas caem de Marte.
Não tenho como chegar em Marte, mas talvez no caminho tenha uma estrela na qual eu posso ficar sozinha, em paz com o mundo e comigo mesma. Um lugar que eu possa pensar nas minhas atitudes. Um lugar que eu possa me sentir verdadeiramente amada apenas com o toque dos ventos ou o barulho das ondas. Sim, o paraíso é logo alí.
Marte, um dia chegarei pra descobrir o amor incondicional, o qual eu seja entendida e tratada com carinho! E que eu só seja reclamada quando tiver motivo. E quando eu chegar, voltar eu não vou querer.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Gritos calados


Como e quando?
Como ter a primeira atitude? Quando colocar esta em prática.
Será que este é o momento certo? Será que devemos expor tantos gritos calados em uma palavra? Perguntas pairam pelo ar. Tentamos nos deviar dela o tempo todo, o problema é que muitas vezes essas perguntas são problemas. O que fazer? Com quem contar? Às vezes não precisamos contar com ninguém além de nós mesmo.
Devemos muitas vezes parar e pensar se estamos tomando a atitude correta para nos livrarmos de interrogações que nos rodeiam. Atitudes algumas que estão apenas em uma palavra: desculpa. Não, não se deixe enganar, uma desculpa vazia é mesmo que um prato sem comida, não faz sentido.
Antes de você pedir desculpa você tem que se desculpar. Essa, sem dúvida alguma é uma das atitudes mais raras que se vê nos dias de hoje, alguém tend conciência do motivo pelo qual se está pedindo desculpa.
Sim, para alguns basta apenas dizer "desculpa" olhando nos olhos, ou com uma cara daquelas que não tem-se como resistir. Mas, uma boa desculpa só vale quando tem por trás dela atitudes que a façam provar que é verdadeira, na verdade, quando se tem a tal "atitude" até os gritos mais calados são ouvidos. Não precisa-se de mais nada.
Não quer ver alguém chorando? Dê motivos que faça essa pessoa rir.
Não quer ver alguém brigando contigo? Dê motivos pra que essa pessoa viva em paz.
Não quer ver fome? Dê comida.
Talvez se o mundo tivesse mais atitudes e menos desculpas vazias, pudessemos ouvir mais gritos calados. Talvez calados até por você mesmo.